Efeitos das montanhas russas no nosso corpo
Continuando nossa série “teórica” sobre montanhas russas, rs, hoje quero falar sobre o que as deixa divertidas. Conforme vimos no último post, elas são máquinas que usam a força da gravidade durante seu percurso. E aí alguns leitores perguntaram: então o que as torna tão divertidas para nós? O efeito que elas tem no nosso corpo (já falei um pouco sobre isso aqui). Que tal darmos uma olhada, com mais detalhes, no que as deixa tão divertidas?
Conforme já expliquei, aqui na terra somos constantemente puxados para baixo pela força da gravidade. Mas a força que sentimos na verdade não é a da gravidade nos puxando para baixo e sim a do chão nos empurrando pra cima. É o chão que nos impede de descer até o centro da terra, rs. Ele empurra os nossos pés, o que impulsiona nossas pernas e joelhos, que impulsiona nosso tórax e daí por diante. É assim que sentimos o “peso”. Durante uma montanha russa, a gravidade está a todo tempo nos puxando diretamente para baixo.
A outra força que age em nós é a de aceleração (G). Quando nós estamos andando em uma montanha russa cujo carrinho está viajando a uma velocidade constante nós sentimos apenas a força da gravidade nos puxando para baixo. Mas a medida que o carrinho acelera e diminui sua velocidade, nós nos sentimos pressionados no banco ou no cinto. Nós sentimos essa força porque a nossa inércia é separada da do carrinho. Quando andamos em uma montanha russa todas essas forcas que nós conversamos agem de formas diferentes no nosso corpo.
A primeira lei de Newton fala que um objeto em movimento tende a continuar em movimento. Isso quer dizer que o seu corpo vai continuar andando na mesma velocidade e direção, a não ser que outra força aja sobre ele, mudando sua velocidade e direção. Quando a montanha russa acelera, o banco do carrinho te empurra pra frente, acelerando o seu movimento. Quando o carrinho desacelera, seu corpo naturalmente quer continuar andando na velocidade em que estava. É brincando com essas sensações e forças que a montanha russa cria as seguintes sensações:
- Em uma descida íngreme: a força da gravidade te puxa pra baixo enquanto a força de aceleração parece te puxar pra cima. Em um dado momento elas se igualam, te dando a sensação de não sentir peso nenhum (weightlessness), a mesma sensação que é sentida em uma queda livre.
- Acelerando durante a descida: se a montanha russa acelera o suficiente durante uma descida, a força de aceleração (que é exercida pra cima) é superior a força da gravidade (que te puxa pra baixo) dando uma sensação que você está sendo puxado para frente.
- No topo da montanha: enquanto a inércia te carrega pra cima, o carrinho já começou sua descida. Se você soltar a mão do cinto vai, de fato, levantar do banco por um instante. Isso é o que os apaixonados por montanha russa chamam de “air time” (tempo no ar).
- Acelerando durante uma subida íngreme: nesse momento as duas forças estão te puxando, basicamente, na mesma direção, o que te faz se sentir bem mais pesado do que o normal.
Curiosidade: se você estivesse sentado em cima de uma balança durante o percurso, veria seu peso mudar em diversos pontos da atração.
Muito interessante né? Durante a adrenalina toda, a gente não sabe o que está acontecendo! Só sabemos que o que estamos sentindo é simplesmente demais! Pronto, tá aí a explicação ?.
Espero que vocês tenham gostado de mais esse post “teórico” sobre o mundo das montanhas russas, rs. E que com ele vocês consigam entender melhor tudo que estão sentindo durante esse momento radical da viagem!
Beijos,
Nine
Fonte de imagens: www.love-everlasting-ministries.com, www.monroemonitor.com, www.wisegeek.com e www.wallpaperup.com
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