Tiroteio em boate gay em Orlando deixa 50 mortos e 53 feridos
No dia de hoje venho compartilhar uma notícia triste com vocês. Uma mancha negra deixada na cidade de Orlando no último sábado, dia 11 de junho. Um ato de ódio, realizado por um único homem (como tem se tornado cada vez mais comum nos Estados Unidos) resultou na morte de 50 pessoas em uma boate da cidade. Omar Mateen, de 29 anos, nascido nos Estados Unidos, morava na cidade de Fort Pierce à 120 milhas de Orlando. Os pais de Omar, de origem afegã, contam que ele um dia viu um casal gay se beijando em Miami e ficou horrorizado. Durante os ataques, Omar ligou para o 911 e jurou aliança ao grupo ISIS, apesar do grupo ainda não ter manifestado autoria pelo ataque. Omar já havia sido investigado pelo FBI em 2013 e 2014, mas não foi considerado uma ameaça. Ele trabalhava na maior empresa de segurança privada do país e adquiriu legalmente uma pistola Glock entre outros armamentos na semana passada. A ex-esposa do atirador fala que ele era bipolar e que ela sofreu abusos domésticos antes de pedir divórcio.
Fonte de imagens: www.cnn.com
O ataque aconteceu na boate Pulse, considerada uma das maiores boates gays da cidade, apenas uma semana após o Gay Days, comemoração LGBT que acontece anualmente em Orlando. A festa com tema “Noite Latina” corria normalmente até que Omar entrou no local e começou a atirar. No início as pessoas achavam que o barulho fazia parte do show (que contava com uma encenação à meia-noite). A medida que os corpos foram caindo no chão percebeu-se que se tratava de um ato de ódio e o caos foi instaurado. As pessoas se esconderam onde conseguiram (banheiros, atrás do bar…) durante as 3 horas em que Omar permaneceu no controle da casa noturna. Quando a polícia americana finalmente conseguiu entrar no local, houve uma troca de tiros que resultou na morte de Omar.
Entrada da boate Pulse após a noite de crime.
Fonte de imagens: www.cnn.com
No domingo, manifestações ao redor do mundo demonstraram solidariedade com a cidade de Orlando. O prefeito Dyer pediu o apoio dos moradores “nós precisamos dar apoio uns aos outros. Nós precisamos nos amar. Nós não vamos ser definidos por um atirador cheio de ódio”. O presidente Obama decretou que as bandeiras ficassem a meio mastro e que fosse feito um minuto de silêncio em todo o país pelas vítimas. As manifestações de solidariedade continuaram nas redes sociais e eventos como o Tony Awards, prêmio do teatro americano que aconteceu na noite de domingo.
Fonte de imagem: www.telegraph.co.uk
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Enquanto a cidade se recupera do maior atentado de ódio que já aconteceu no país (Virginia Tech, em 2007, deixou 32 mortos e Sandy Hook Elementary School, em 2012, 27), é impossível não refletir sobre esses atos. Até quando atos de terror deixarão sua marca negra nesse planeta?
Orlando é conhecida por ser a “Terra da Magia”, lar de parques temáticos e de uma população extremamente miscigenada, tolerante e feliz. A comunidade LGBT na cidade é expressiva e muito bem recebida para trabalhar nos parques, por exemplo. Só nos resta rezar para que tal ato jamais se repita e para que a cidade volte a viver dias de paz.
Beijos,
Nine
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2 Comentários
Os últimos dias no lugar mais feliz do mundo foram realmente tristes : ( . Muita luz e força a Orlando e a comunidade Lgbt para que juntos possamos continuar propagando a magia Disney.
Oi Edla,
Realmente a semana passada foi uma semana muito pesada em Orlando… Mas graças a Deus a comunidade está mais unida do que nunca! Vários eventos foram realizados no último fim de semana homenageando as vítimas. Também no caso do menino que foi atacado pelo jacaré, houve uma missa e movimentação dos cidadãos. Orlando está aos poucos se recuperando dos sustos e, em breve, retornará ao seu estado normal de magia 🙂 .
Beijos,
Nine